domingo, 30 de setembro de 2012

É tão bom não foi?

A volatilidade e a rapidez com que determinadas pessoas lidam com algumas coisas assusta-me bastante... É incrível como é que nesta "Era Digital" tudo vai e vem com uma facilidade tremenda.As pessoas falam, conhecem-se, amam, odeiam, usam, deitam fora, usufruem tudo em semanas...Dias até por vezes.... O importante é ser tudo rápido e à velocidade que nós queremos...Desesperamos quando assim não é...Achamos que o intenso é tudo mas por vezes é preciso tempo para que as coisas cimentem...Para que tenham algum real valor. Dá-me ideia que hoje em dia ninguém quer investir em nada que não tenho retorno imediato e pela lógica e pelo que eu já vivi na minha vida, esses investimentos, por norma, são os menos valiosos. Por norma o investimento é proporcional ao valor das coisas, como é que querem encontrar o amor das vossas vidas numa semana de conversa pelo Facebook e um ou dois encontros?É surreal...Completamente surreal... Mas, desta vez, nem é tanto do foro sentimental a nível de Amor/Paixão que quero falar...Gostaria de falar de Amizade...Sim de Amizade... Tal como no Amor/Paixão na Amizade também nós investimos amor nas pessoas porque gostamos delas, porque sentimos bastante empatia, porque nos dão segurança...Mas sofrerá hoje em dia a Amizade da mesma crise referida acima pelo Amor/Paixão? Eu gostava de acreditar que não mas a verdade é que os últimos meses/anos da minha vida têm vindo a mostrar-me um pouco isso... Já me tinham avisado que quando o pessoal começasse a acabar o curso e a trabalhar todos se iam separar e ia ser "cada um para seu lado", no entanto essa foi uma regra que não se verificou no meu caso, as pessoas que acabaram o curso são as que mais tentam manter contacto comigo, saber como estou, saber se está tudo bem comigo e querer estar comigo. Parece que nada mudou desde aí...E quando nos cumprimentamos, o "calor" e a cumplicidade são os mesmos!Sabemos que aquela pessoa a quem insultamos carinhosamente e fazemos as maiores barbaridades infantis é mesmo nossa amiga pura genuína...Mas a questão é que teve que se manter algum contacto...É preciso investir e manter e proteger o investimento, portanto, até aqui nada de muito novo.... A novidade disto tudo é quando pessoas que julgávamos serem nossos pilares há algum tempo atrás deixam de manter contacto connosco simplesmente porque sim....Acabas por ser subjugado e ao mesmo tempo subjugas...Notas que já não te tratam com o mesmo carinho e sentes-te frustrado porque aquela já não parece a mesma pessoa para ti e tu já não consegues ser o mesmo para essa pessoa...É um efeito bola de neve que te leva a um desespero que o que acabo por fazer é simplesmente deixar... Gostava de reverter algumas coisas mas às vezes simplesmente não sei o que fazer, às vezes lembro-me de como tudo dantes era puro e genuíno, hoje em dia só fico frustrado pela ingratidão demonstrada depois de tudo o que fiz por algumas pessoas, depois do que dei de mim e o que elas pareceram esquecer...É lógico que também fizeram muito por mim e estou bastante grato por tudo mas neste momento, honestamente, sinto-me desiludido com essas pessoas...Eu não sei se fui eu que mudei, se foram elas, se foi o aquecimento global que alterou o clima, verdadeiramente não entendo...Talvez tenha sido a constante falha de investimento da minha parte e deles...Mas depois de tudo o que se passou as coisas são assim TÃO voláteis?! E é disto que tenho medo... Antigamente amigos verdadeiros mantinham-se e não era necessária uma proximidade tão constante mas, hoje em dia, graças a esta necessidade de termos de estar sempre todos juntos nem que seja de forma virtual, matamos sentimentos mais verdadeiros e mais puros que noutro tempo perdurariam em virtude de sentimentos que achamos serem aqueles que nos completam quando estamos ligados por SMS's diárias ou conversas em redes sociais... Por um lado são coisas extremamente boas e males necessários mas fazem-me pensar até que ponto não retiram alguma genuinidade às pessoas... Peço desculpa a quem vai acompanhando isto por andar tão abandonado, mas nem sempre o tempo, a vontade ou até mesmo a inspiração de publicar algo se encontra presente em mim... Cumprimentos, L

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