"Now there's a look in your eyes,like black holes in the sky" (Pink Floyd)
"A criança que fui chora na estrada" (Fernando Pessoa)
Um poema de novembro de 2006 que continua actual:
Noite
Noite…..
Pudesse eu entender-te
Pudesse eu tocar-te
Pudesse eu sentir-te
És a minha conselheira
A minha protectora
A minha constante depressão
A minha droga na vida
E ainda me lembro quando ouvia
“Deita-te e dorme bem”
E me aconchegavam os lençóis
Para eu adormecer em ti.
Hoje, parece que essa relação entre nós
Ficou desconfortável
Não consigo simplesmente chegar e dormir
Entro na introspecção
Na divagação
Na filosofia…
E foda-se!
Porquê???
Para quê tanta angústia?
O mundo é bom? Não, não é!
É mau? Não só, mas também!
E que importa?
“Apetece gritar mas ninguém grita!”
Que me importa do mundo afinal?
O que importa é o meu mundo pessoal e a maneira como posso viver nele
“Abdica e sê rei de ti próprio!”
E no final de contas para quê preocupar-me
Com o mundo deste e daquele
Só entra no meu mundo quem eu deixar
Afinal de contas dou por mim a tornar-me
Num solitário
Numa pessoa que se fecha cada vez mais em concha.
Que não se abre tanto quanto gostaria
Que vê o mundo a passar
E não aproveita o potencial
Por preguiça?
Por insegurança?
Sei lá eu o que é….
No final de contas
Pessoa, tu é que tinhas razão
Que somos nós, homens
Mais que essa dita besta sadia
Cadáveres adiados que procriam…
Tu sim Pessoa talvez não tivesses grandes objectivos
Mas mudaste-nos
Mudaste o mundo
E principalmente mudaste a minha maneira de pensar e personalidade.
Mas não só tu
Eu quis-me mudar!
Talvez numa inconsciência consciente
Ou numa leveza tão brusca que nem deu para me aperceber…
No fundo perdi-vos…
Perco-vos a cada dia que passa
E voltam novos fantasmas
Para me assombrarem
Fantasmas que só querem a minha ruína
Que anseiam pela minha destruição
E que tentam mandar abaixo os meus com mentiras
E ódios… A esses só preciso duma única arma
Indiferença!
Afinal de contas são lixo social…
Insurjo-me contra ti mundo!
E nem te escrevo com maiúscula porque não mereces
Atraiçoaste-me
“A criança que fui chora na estrada”
Faça constantemente revoluções internas dentro de mim
Porque raio é que o mundo não é melhor
Porque raio teve tudo de mudar e não depende tudo apenas
Da minha felicidade em que jogava à bola com 8 anos
Ou quando brincava simplesmente como uma criança com os amigos…
Tempos que não voltam, nem eu vou voltar mas a criança ainda não morreu
Por vezes também ela se insurge porque no final de contas
O Luís é apenas uma criança grande
Que se insurgiu contra o mundo e cresceu
Não porque quis mas porque tinha que crescer
E muitas vezes a criança e mostra-lhe como o mundo pode ser simples
E belo
Apenas com toques
Com momentos
Com um sorriso
Com um olhar
Com um choro
Com uma lágrima
Com um gesto tão simples
Como me deitar no escuro
No meu quarto e pensar “O mundo é meu e posso conseguir tudo!”
P.S.:Joana como hoje não falo contigo é só para dizer que ao contrário dos estudos falaciosos que tu referes o que tens neste momento no nick não o é.E porquê?Passo a citar "Um estudo provou que as pessoas tristes são as mais sucedidas!YEAH!" o que é muito bom e é verdade de facto,bah eu dou o benefício da dúvida,plo menos na afirmação a única parte 100% certa é o YEAH na minha óptica agora o resto não sei isto porque ser sucedido tem duas vertentes.Pode ser-se bem ou mal sucedido...O que significa que as pessoas tristes são mais sucedidas (bem ou mal mas são-no).Portanto desta vez vou dar a mão à palmatória e dizer"YEAH!" desta vez apresentaste um resultado dum estudo não falacioso!
As pessoas mais tristes sucedidas ? Pelo quê? Certamente que não pela felicidade. E no fundo, não é isso que interessa? A tendência é para esta sociedade em que a tecnologia é posta não ao serviço do homem, mas sim o contrário, ser gradualmente trocada por uma em que não interessa tanto o vencimento, mas sim a felicidade. Espero que isso seja de facto o sucedido. E que nos suceda a todos. Tristes e não tristes...
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